Dieta para gastrostomia: tudo que você precisa saber

Quando a alimentação pela boca é insuficiente ou impossível de ser realizada, suas necessidades nutricionais podem ser satisfeitas por meio de nutrição enteral. A nutrição enteral pode ser praticada para a ingestão de alimentos e pode ser feita por meio de uma sonda posicionada ou implantada no estômago, no duodeno ou no jejuno. 

A seguir, vamos entender melhor quando é necessário a realização de uma gastrostomia.

O que é gastrostomia?

A palavra gastrostomia vem da junção de ostomias + estômago, obtendo assim a representação de seu significado. Com isso, gastrostomia é o nome dado ao procedimento que irá permitir que uma sonda de nutrição enteral seja cirurgicamente implantada no estômago do paciente. A ligação que a sonda fará será diretamente com o lúmen gástrico.

O intuito deste procedimento é ofertar uma alimentação nutritiva e com as calorias necessárias para uma vida saudável e plena recuperação ao paciente que está impedido de se alimentar da maneira convencional.

Ou seja, ela será realizada em alguns casos onde o paciente está incapaz de comer ou beber de forma oral. Ela costuma ser indicada em casos específicos, por exemplo, quando o paciente sofre um AVC, tem hemorragia cerebral, paralisia, demência, AIDS, Parkinson e outros casos.

A dieta enteral é a que será realizada após o sucesso da cirurgia de gastrostomia, que irá oferecer uma alimentação equilibrada ao indivíduo. Essa alimentação enteral, geralmente, é feita através de fórmulas prontas e personalizadas para o paciente de acordo com suas necessidades nutricionais.

Quando iniciar dieta após gastrostomia?

Existe um curto período de tempo que precisa ser respeitado após a realização da gastrostomia, sendo este tempo de cerca de 4 horas. Essa é apenas uma média, ou seja, é preciso respeitar as decisões que o médico toma neste momento, até porque cada caso possui suas próprias particularidades.

Ainda assim, haverá um período de cicatrização de cerca de um mês (aproximadamente quatro semanas), onde é preciso ter bastante cuidado e respeitar suas limitações. Esse período deve ser respeitado, afinal, a fístula que liga a pele ao estômago estará em processo de cicatrização neste meio tempo.

Dieta para gastrostomia

A dieta para pacientes que realizaram a gastrostomia é bem parecida com a dieta feita através da sonda nasogástrica (que é inserida pelo nariz do paciente). Com isso, a principal diferença está no local em que o cateter é inserido.

Por se tratar de uma alimentação mais delicada e restrita, é preciso se atentar a alguns detalhes.

Cuidados

Existem alguns cuidados que devem ser tomados durante a administração da alimentação neste caso, como:

• É preciso administrar o alimento em uma temperatura ambiente;
• A administração deve ser feita de forma lenta e controlada, evitando casos de desconforto abdominal, diarréia e flatulência;
• É necessário realizar a limpeza correta da sonda utilizando água morna filtrada sempre que concluir a administração da dieta ou qualquer outra substância (como medicamentos).

Com esses cuidados, a alimentação será feita sem complicações e de acordo com o recomendado. Se houver dúvidas, sempre converse com o médico responsável ou com a equipe de enfermagem para receber o auxílio necessário.

Como administrar a dieta para gastrostomia?

Na dieta para gastrostomia, é possível realizar a administração do alimento através do gotejamento em equipo, com a seringa ou até mesmo através de uma bomba infusora. Mas, a opção mais comum é por meio de seringa.

Neste caso, separe a quantidade correta da dieta em um recipiente limpo para que possa inserir na seringa e alimentar o paciente.

Principais produtos para a dieta enteral

Para realizar a dieta para gastrostomia, é preciso ter alguns produtos em mãos. Para começar, você precisará dos equipamentos - como é o caso da seringa, equipo ou o que mais for utilizar para ministrar a dieta.

Além desses acessórios, será necessário adquirir as fórmulas nutricionais para realizar uma alimentação adequada e nutritiva ao paciente. Neste caso, é preciso ter a informação correta sobre o tipo de dieta que será ministrada. Essa informação pode ser adquirida com o nutricionista do paciente ou médico responsável.

Durante a consulta, é possível tirar todas as dúvidas sobre os produtos corretos a serem adquiridos, assim como a quantidade de cada item.

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Atenção! A dieta enteral deve ser feita e orientada devidamente por um profissional da área de nutrição, sendo ele o responsável por determinar as quantidades e o tipo de alimento necessário.

Além disso, a cirurgia conhecida como gastrostomia só deve ser feita em casos de necessidade, sendo recomendada pelo próprio médico gastroenterologista - o mesmo precisará realizar o acompanhamento do paciente junto da equipe de enfermagem que o manterá informado sobre cada detalhe.